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|| DreamAchieve || Sports & Performance

Psicologia do Desporto e Performance || Coaching Desportivo e Empresarial || Formação

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Ao responder à pergunta do título há quem diga: "Fácil! São aqueles que cometem os crimes mais horrorosos!"

 

Existe um mito difícil de dissipar graças às séries e filmes de hoje.. Nada contra, gosto e vejo muitas delas.

 

Na verdade, menos de 5% da população mundial é psicopata, já contando provavelmente com os que ainda não foram diagnosticados.

 

Pode parecer pouco.. Não é!

 

Se passas por cem pessoas por dia (que de certeza que passas), três, quatro ou até cinco são psicopatas.

 

A "boa notícia" é que os psicopatas não são todos assassinos em série, nem os assassinos em série são todos psicopatas.

 

Os psicopatas podem ser pais de família, empresários, líderes políticos, religiosos... Pode ser o teu chefe, o teu professor, o teu colega... Na verdade pode ser qualquer um (ou uma) que apresente as seguintes características:

 

 

- Manipulador

 

- Mentiroso compulsivo

 

- Charmoso

 

- Sentimentos superficiais

 

- Personalidade narcisista (gosta de forma exagerada de si mesmo)

 

- Relações afetivas de curta duração

 

- Impulsivo

 

- Demasiado confiante

 

- Ausência de remorsos ou culpa

 

- Zero de empatia

 

 

Todas estas características são usadas com o objetivo de obter um resultado.

 

O cérebro destes, é fisicamente diferente, principalmente no lobo frontal e na amígdala. É possível ver diferenças relativamente aos cérebros de pessoas sem psicopatia, nas zonas que se identificam as emoções.

 

Os psicopatas não conseguem identificar e lidar com emoções, então passam por cima de qualquer ética para alcançar o que lhes dá prazer. Dinheiro, poder, vantagens, um posto de trabalho, um bem, sexo, morte...

 

Profissões como diretor executivo, advogado, cirurgião, vendedores, polícia, líderes políticos e/ou religiosos, atraem psicopatas.

 

Profissões como terapeutas, enfermeiros, voluntários, professor, não atrai tanto.

 

Poder e psicopatia combinam.

 

Existem histórias de assassinos sim. Mas também existem histórias de pais de familia, que apenas casam porque o suposto sogro é dono de uma empresa multinacional, e prometeu um emprego de alto status ao futuro genro. Assim que conseguem o que quer, fazem o necessário para passar por cima até de mulher e filhos, deixando-os de um dia para o outro.

 

Por isso que quando um psicopata comete um crime, é normalmente tão horroroso.. Não há sentimento de culpa. Não há empatia. Nem piscam.

 

Uma coisa é certa.. Todos nós conhecemos e provavelmente convivemos com um psicopata.

 

P.S.: Para mais informações, pesquisar Hare PCL-R (Psychopathy Checklist) - Teste de diagnóstico para paicopatas.

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Perguntaram-me este fim-de-semana se quando eu competia, era por gostar de basquete, ou por gostar de ganhar.

 

Na hora eu respondi sucintamente que comecei por gostar de basquete, mas que mais tarde os meus objetivos eram ser melhor, e obviamente ganhar jogos, campeonatos e prémios.

 

Depois fiquei a refletir sobre o assunto...

 

Tu, o que responderias?

 

O que te move? O gosto pelo desporto? Ou ganhar?

 

Na realidade de hoje, apesar de ficar mais bonito dizer que fazes o que fazes pelo gosto de o fazer, quem não busca destacar-se fica para trás.

 

Em Portugal quem quer praticar desporto minimamente competitivo, ou ter qualquer tipo de atividade extra curricular, não consegue chegar a casa antes das 22:00. Isto porque o sistema educativo normalmente não te deixa sair das aulas antes das 17:00...

 

Burocracias à parte, quem não procura ser pelo menos espetacular em alguma coisa, acaba por nunca se destacar. Se fazes algo só como hobbie, não vais chegar muito longe.

 

Infelizmente o que mais se vê são jovens a deixar de lado o desporto porque tiveram que escolher.. Normalmente escolhem aquilo em que mais se destacam. Por sua vez, só se destacam porque investiram.

 

O ideal é conciliar o gosto com o prémio, até porque para ganhar, é preciso ser bom, e ninguém é bom em algo que não gosta de fazer.

 

Respondendo à pergunta inicial, eu nunca separei os dois. Sempre amei basquete, e sempre amei ganhar! Um e outro andavam juntos...

 

Pensando bem, quando me lesionei e deixei de jogar, foi também por saber que teria menos possibilidades de ganhar.

 

Mas quem sabe o amor pelo jogo não me faça voltar...

 

Foto - Jogo de Competições Europeias - CAB x Athinaikos (Atenas, Grécia)

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Conheces alguém que fala constantemente sobre a mesma coisa?

 

Ou alguém que tem sempre alguma coisa para dizer sobre um determinado assunto, mas nunca toma uma atitude sobre ele?

 

O problema está ali, os desafios apresentam-se, mas nunca está nas suas mãos mudar a situação. É sempre o outro, ou a empresa, ou o governo...

 

Este tipo de pessoas, que por certo se tornaram uma grande parte das pessoas, sabem que podem fazer alguma coisa para mudar a situação, mas resolvendo o problema ficariam sem nada para falar.

 

Dessa forma já não teriam desculpas para não fazer o que têm que fazer...

 

Eu explico de outra forma...

 

Há sempre uma solução para qualquer tipo de circunstância, mas poucos querem pagar o preço da mudança.

 

Ficar a falar interminavelmente sobre algo, com alguém que não pode resolver o problema, em vez de falar de forma objetiva diretamente com que pode resolver, parece ser um hobbie nos dias de hoje.

 

E além disso, e aqui está a grande chave, gostam de falar dos seus problemas, gostam de falar dos outros, e no fundo, por falta de coragem para enfrentar a situação, esta é a forma que encontram para supostamente resolverem o problema.

 

O engraçado é que a maior parte das vezes, a pessoa nem pensa numa solução, ou porque realmente gosta de ter algo para falar, ou porque a solução lhe parece demasiado dura. Então é porque o problema não é assim tão insuportável.

 

Notícia de última hora, se queres continuar a falar constantemente da mesma coisa, pelo menos admite que gostas de falar sobre isso, e que não estás disposto a resolver o problema.

 

Se não há solução mesmo, provavelmente é porque a situação em causa não tem nada a ver contigo.

 

Relaxa, e faz a tua parte...

15 Jul, 2016

RECLAMAR PRA QUÊ?

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Porque é que há atletas que reclamam? Muitos perguntam.. É realmente uma falta de ética, de fair play... Será?

 

Na verdade a pergunta não é "Reclamar pra quê?", pois a maior parte das vezes o atleta não reclama com um objetivo. A pergunta certa seria "Reclamar porquê?", porque quase sempre, aquela reclamação vem com muita coisa às costas!

 

Imaginem só... Treinas, treinas e treinas... E as coisas não acontecem como tu queres. Como reagirias?

 

"Mas Nádia, temos que estar preparados para tudo, é mesmo assim, as coisas não são sempre perfeitas, temos que ser fortes e aguentar, cair e levantar!"

 

Ya, ya.. Blá, blá, blá!! O que eu queria era ganhar!

 

Neste ano em particular eu treinava 6 vezes por semana, e tinha sempre dois jogos ao fim-de-semana. Além de ter aulas de segunda a sexta, todos os dias chegava a casa destruída.

 

Segunda treinava duas vezes, com a seniores e com a juniores. Terças, quintas e sextas com as seniores, quartas com a juniores. Todos os dias menos sexta ia uma hora mais cedo para fazer ginásio.

 

"Isso não é assim tanto..."

 

Tinha sempre jornada dupla.. Ora jogava pelas juniores, ou seniores, ou seniores B.

 

"Só isso?"

 

Além disso estava a tirar a carta de condução.

 

"Grande coisa! E mais?"

 

Estava no 12o ano a estudar para os exames nacionais.

 

Ser estudante-atleta num país em que as aulas acabam super tarde, e que a única hipótese de ter sucesso é treinar à noite, não é fácil.

 

Porque estou a contar isto tudo? Para que entendam que é fácil dizer que não se deve reclamar.

 

Quando falhamos no desporto, um lançamento, um passe, uma jogada.. Quando a nossa colega falha... Quando o árbitro é injusto... Não é apenas aquilo que está a acontecer! São todas aquelas horas de sacrifico que, por um breve momento, parece que não valem a pena!!

 

Treinar um movimento mil vezes, chegar ao momento decisivo e falhar... Só quem está morto é que não reage!!

 

Claro que há limites obviamente, tudo deve ser dentro de um comportamento aceitável.

 

Só que ser atleta envolve paixão, fogo, atitude, garra, presença, personalidade!! Cada um é uma mistura única de todos estes ingredientes.

 

Reclamar, gritar, ficar chateado, zangado... Só os bons! Bons em quê? Em querer algo o suficiente para se sentirem afetados quando não o conseguem.

 

Nesta foto eu estava num torneio em França, que não contava para nada no campeonato. E estava a reclamar com o árbitro porque estava a ser açoitada pela defesa sem nunca marcarem falta. Para quê reclamar se era só um torneio? (A cara das minhas colegas no banco pergunta isso.)

 

Tinha saído de uma semana de estágio da selecção, fui a casa buscar a mala, e apanhei o avião para Paris. Indo àquele torneio, voltando a casa, lá se tinham ido todas as minhas férias da Páscoa!

 

Não era um torneio qualquer. Para um atleta a sério, nunca é uma coisa qualquer.

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São muitas as coisas que definem maturidade, mas uma que particularmente eu admiro, é quando conseguimos colocar-nos no lugar do outro. 

 

Os bebés não conseguem fazer isso, eles vivem e reagem de acordo com as suas necessidades. Choram quando têm fome, sono, quando querem colo, ou por qualquer outra coisa que precisem. 

 

Fazem isto sem qualquer noção de que a mãe, o pai, ou quem está a cuidar deles, tenha também a sua necessidade de dormir e de comer. 

 

Mas eles são bebés e é compeensível. Quando são adultos que não entendem a necessidade dos outros, já passa a imagem de egoísmo, ainda que seja apenas um processo de maturidade interrompido. 

 

Na idade adulta já é suposto termos essa capacidade de empatia. De entendermos que o nosso mundo não é o único mundo importante e que existem outras pessoas além de nós. 

 

Os conflitos aparecem quando, mesmo depois da adolescência, em que somos o centro do mundo (ou não), continuamos a achar que as pessoas têm que parar tudo quando precisamos de alguma coisa, como quando eramos crianças de colo. 

 

Quando isto acontece, e constantemente essa pessoa é chamada de "egoísta", ela começa a achar que ninguém a entende. Começa a dizer e a fazer coisas do género:

 

- Ninguém me compreende

- Ninguém me ajuda

- Ninguém me liga nenhuma

- Quando não obtém um resultado alcançado, insultam as pessoas envolvidas

- Como lideres, sempre colocam as coisas(necessidade) acima das pessoas(empatia)

 

Talvez te identifiques, ou identifiques alguém com quem convives. 

 

Alcançar a maturidade passa por saber estabelecer empatia, entendendo o que se passa com o outro e quais são as suas necessidades.

 

Se assim não for, seremos eternas crianças, que choram sempre que precisam de alguma coisa. 

 

Para fazermos a diferença no mundo, precisamos ser o tipo de pessoa que ajuda (de algumaa forma) todos os que passam na nossa vida, em vez de sempre estarmos à espera que alguém nos ajude. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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No ano em que estive no Centro de Alto Rendimento no Jamor, o meu treinador era o Zé Leite. Ou como carinhosamente o chamávamos entre nós "Zé Milk" (não sei se ele só vai saber quando ler esta história).

 

O Zé era uma pessoa ativa. Mandava-te saltar, correr, atirar-te para o chão. Aprendi muito sobre ter atitude com ele. Dentro e fora de campo!..

 

Tenho vários momentos com ele gravados na minha memória, mas creio que este é um Top 5.

 

Um dia, num treino, já nos minutos finais, estávamos já a fazer jogo.. Eu abri linha de passe e recebi a bola a extremo, do lado esquerdo. Estava a um metro e meio da linha de triplo, e por isso nem olhei para o cesto, só aguentei a bola até que a jogada desenrolasse, para eu voltar a passar a bola.

 

O Zé parou o treino, mandou-me lançar daquela distância. Eu lembro-me de hesitar, mas não tinha hipótese.. Primeiro lançamento, air ball.. Nem tocou no aro. Segundo lançamento raspou no aro, terceiro lançamento ficou curto, bateu no aro e voltou.. Quarto lançamento, bateu no aro e subiu... Quinto lançamento, rodou o aro e saiu! Ahhhhhhh...

 

Respirei fundo! Sexto lançamento.. Pimba! Lá dentro. As minhas colegas aplaudiram!

 

A bola voltou às minhas mãos e eu automaticamente passei a bola à minha colega que estava a jogar a base, para ela iniciar novamente a jogada.

 

O Zé mandou parar de novo, olhou para mim, e gelou-me a alma com estas palavras: "Assim nunca serás lançadora, agora que marcaste paraste? Agora que marcaste continua! Treina! Melhora! Evolui!"

 

Silêncio...

 

Lancei mais algumas vezes, marquei mais alguns àquela distância ridícula.. Eventualmente tivemos que continuar o treino..

 

Não é quando acertamos que devemos parar, nunca é hora de parar!

 

Lançar até marcar, prova que podemos marcar. Mas lançar até praticamente não falhar, prova que podemos nos destacar!

 

O segredo é trabalhar para atingir a perfeição, com a perfeita consciência de que nunca seremos perfeitos.

 

P.S.: A foto não é do momento, é de meses depois, depois de muito treino. Estou a lançar à tal distância ridícula... Detalhe: em suspensão!..

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Existem 4 emoções básicas, que todos os seres humanos têm:

 

- Alegria

- Tristeza

- Medo

- Raiva

 

Agora faz-me um favor... Tira 15 segundos para separar estas 4 emoções em 2 categorias: Emoções boas e Emoções más.

 

Já está? Ok!

 

Seja qual for a separação que fizeste, pensa se realmente existem, dentro destas 4 emoções, as boas e as más.

 

Por exemplo, como seria se, ao perderes alguém que te é muito próximo, não sentisses nada?

 

Como seria, se conduzisses um carro, sem o mínimo de medo para controlar a tua velocidade?

 

Como seria se visses alguém atacar a tua família, e não sentisses raiva suficiente para entrar em modo de sobrevivência, para lutar por eles?

 

Como seria a tua vida sem as emoções que consideras más?

 

Ou como seria se apenas sentisses alegria a toda a hora? Estás nas aulas, no cinema, numa reunião de trabalho, e só te apetece saltar de alegria.. Seria no mínimo inadequado, não?

 

Na verdade elas não são boas nem más, elas podem sim, estar desajustadas ao contexto em que te encontras.

 

Quantas vezes ouviste: "Não fiques triste!"; "Não tenhas medo!"; "Não se deve ter raiva!"? Mesmo relativamente à alegria, quantas vezes te disseram para rir mais baixo?

 

O que acontece é que, hoje em dia temos um monte de pessoas que não sabem gerir as emoções, porque lhes foi dito para não as sentirem.

 

Quando vês uma pessoa "amuada", provavelmente ela tem dificuldades em expressar a sua raiva de uma forma adequada. (Forma adequada também não é atirar mesas!)

 

Quando vês uma pessoa que, depois de algo negativo ter acontecido, ela decide sair e fazer "loucuras", provavelmente ela não sabe lidar com a tristeza. Quem sabe, ouviu muitas vezes que a tristeza e a fraqueza são a mesma coisa. Se fossem iguais, não seriam palavras diferentes.

 

Quando alguém tem um sonho e constantemente o adia, quem sabe não seja o medo de falhar.

 

São exemplos, mas talvez te identifiques com algum.

 

Queres aprender a lidar com as tuas emoções? Fala sobre elas. Sê corajoso para expressar o que sentes.

 

Alguém te ofendeu? Não fiques simplesmente amuado, a dizer que está tudo bem, realmente não estando. Expressa o que sentes à pessoa.

 

Algo te deixou triste? É porque era importante para ti. Lida com isso, fala sobre o assunto, e ultrapassa a situação criando soluções.

 

A comunicação é o princípio da liberdade.