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|| DreamAchieve || Sports & Performance

Psicologia do Desporto e Performance || Coaching Desportivo e Empresarial || Formação

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O Coaching está a ficar casa vez mais popular, e é cada vez mais solicitado pela população em geral. Mas para quem ainda não sabe o que pode ganhar com o Coaching, abaixo vai uma explicação simples. 

 

O Coaching é uma metodologia que leva uma pessoa de um ponto A para um ponto B. O ponto A é onde a pessoa se encontra, a sua situação atual, e o ponto B é onde ela quer chegar, onde estão os seus objetivos. 

 

É papel do Coach juntamente com o Coachee (pessoa que usufrui do Coaching), encontrar meios para chegar ao ponto B. São usadas técnicas de comunicação, de psicologia, de motivação, de estratégia, e muitas outras que fazem com que o Coachee se torne uma pessoa de Alta Performance na área que desejar. 

 

É a metodologia de Desenvolvimento Pessoal mais usada no mundo, e é conhecida por oferecer resultados rápidos e duradouros, ou seja, a pessoa descobre tanto sobre si, com pequenos ajustes sobre a forma como vê as coisas, que transforma o seu comportamento, sem voltar atrás. 

 

Mesmo para ti que achas que as coisas sempre foram assim e não é agora que vão mudar, que não consegues mudar certas coisas no teu comportamento, ou que não podes mudar de trabalho porque a crise está difícil, mesmo que a tua paixão seja outra coisa complemente diferente, acredita que há sempre uma solução.

 

Diretores, executivos, atletas, treinadores, professores, mães, pais, artistas, músicos, e qualquer pessoa que queria melhorar substancialmente a sua performance, podem escolher o Coaching como meio para chegar lá. Aliás, já têm escolhido, e já tiveram e estão a ter resultados. 

 

Pessoas que se encontram numa fase menos boa, que desejam uma mudança drástica, mesmo sem saber o quê, que querem atingir qualquer tipo de objetivo como mudar de trabalho, perder peso, ter uma família, e ter o controlo da sua própria vida, comportamentos e resultados, podem ter a certeza que terão resultados fantásticos com o Coaching. 

 

Queres ser capaz de escolher o teu futuro? Ser capaz controlar as tuas emoções? Ser capaz de decidir os teus comportamentos e potenciar os teus resultados? 

 

Um segredo... Já és capaz e secalhar não sabes. Queres descobrir como?

 

Então, estás à espera de quê? 

16 Set, 2016

MIND OVER MATTER

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Como jogadora, sempre gostei de ter a bola na mão, de marcar pontos, de lançar, de arriscar.. A minha marca era essa. Mas para que uma equipa funcione, por vezes a nossa marca tem que desaparecer...

 

Houve um jogo, inesquecível para mim, em que a minha missão era só uma: defender a Aja Parham! Sem ajudas! O jogo inteiro!

 

A Aja era uma norte-americana, que jogava na equipa que era atual campeã nacional. Já tinha jogado contra ela noutros jogos, e não tinha corrido muito bem para o meu lado.. Era bem mais rápida que eu, saltava mais que eu... Ultrapassava-me, fazia-me cortes nas costas... Num segundo estava aqui, bem à tua frente, bastava pestanejares e ela já estava noutro sítio... Ela era a grande fonte de pontos da equipa.

 

Peguei no sentido de competitividade que tinha em querer marcar pontos, e transformei-o em parar aquela americana. O orgulho no meu jogo era que ela só marcasse 8 pontos!

 

Andei o jogo todo colada a ela. Ela não podia nem levantar o braço! Eu conseguia sentir a sua respiração.

 

Primeiro período.. Segundo... Eu só tinha descanso quando ela saía de campo... Terceiro período e eu já não conseguia mais, o quarto foi o pior...

 

Recupero uma bola, vou em contra-ataque com vantagem de dois contra um... Mas eu não conseguia nem pensar.. Para mim o melhor, quando há indecisão, é lançar. Pelo menos assim há possibilidade de marcar.

 

Lancei... Falhei!

 

A minha colega, bem mais experiente que eu, começa aos berros comigo: "Passa a bola, estava sozinha!"

 

Sentia o meu cano respiratório a diminuir e começava a ficar completamente consciente da minha respiração.. Conseguia ouvi-la e senti-la no peito...

 

Desconto de tempo!

 

Quando a buzina toca para voltar, demora sempre aqueles 5 segundos. Assim que a ouvi a ensurdecer o pavilhão, tapei a cara com a gola da camisola e comecei a chorar descontroladamente! O cansaço, o berro da colega, a pressão do jogo equilibrado...

 

Ninguém viu aquele momento, só a fisio, que me pôs um saco de gelo na nuca para me refrescar...

 

A buzina pára e o meu choro também! Limpei a cara disfarçadamente, como se tivesse a limpar o suor, e levanto-me para voltar para o campo! Já está, já descarreguei, hora de matar a Aja!

 

Entro em campo e finalmente marco! Dois triplos seguidos! Venho para a defesa, a bola sai..

 

Baixo a cabeça com as mãos nos joelhos e olho para a Aja.. E ela toca-me no ombro, sorri e diz:"Working hard ha?"

 

Eu limitei-me a sorrir. Quem diria que ia ser a minha inimiga mortal a dar-me motivação para acabar aquele jogo em grande.

 

A Aja marcou 8 pontos nesse jogo, e eu também.

 

Normalmente uma pontuação fraca para mim, só que eu sentia-me a voltar da guerra toda cortada e cheia de sangue, mas com a vitória.

 

Sim, ganhámos!

 

Vale ou não vale a pena?

 

Deixar o ego de lado em prol da equipa? Trabalhar por objetivos coletivos em vez de pessoais? Ultrapassar os limites do nosso corpo e ouvir a força da nossa mente?

 

Se a tua resposta é não, arruma as botas.

 

Porque se não vale a pena nada disso para ti, nada mais valerá.

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Já alguma vez sentiste que alguém te dificultou a vida de propósito? Que alguém poderia ser bem mais simples para ajudar-te a resolver uma situação, mas por alguma razão, decidiu implicar...

 

Chegaste até a pensar que mais valia não teres pedido nada, porque além de não te ajudar, ainda piorou a situação, e tentou desviar-te do teu caminho.

 

Sempre que coisas destas acontecem, procuro saber o que está por detrás daquela reação. E muitas vezes deparei-me com a seguinte resposta: "Esta pessoa não conseguiu, e agora não quer que eu consiga."

 

Gosto de acreditar que é um mecanismo de defesa. As pessoas que vivem com a frustração de não ter conseguido algo, e não souberam lidar com isso de forma saudável, quando vêm alguém prestes a conseguir, tentam impedi-las (com comentários negativos, com alertas desnecessários, e com empecilhos que não existem), ou pra quem já conseguiu, apenas criticam, encontrando todo e qualquer possível defeito naquele que alcançou.

 

A questão é, até que ponto deixarás que isso te afete?

 

Quando fui estudar para a Universidade da Madeira, ao início não foi muito fácil... Pela primeira vez estava a ter dois treinos por dia, e a estudar a ritmo universitário.

 

Um dia tive que adiar um teste por causa de um jogo que tivemos fora. Uma frequência de Estatística.. Como os atletas de alta competição têm direito a um estatuto, que lhes permite ter algumas facilidades escolares (mudar datas de testes, entrega de trabalhos, etc..), nesse caso tive de colocar-me ao abrigo desse estatuto. Pensava eu...

 

Mandei um e-mail à professora, a explicar a situação, relativamente ao estatuto, e ao facto de não poder fazer a frequência no dia marcado.

 

Ela não respondeu.. Como não a encontrei mais antes da data do jogo, só consegui falar com ela depois da frequência..

 

"Doutora bom dia, como está? Viu o meu e-mail? Sobre a frequência?"

 

Ela disse com ar de desprezo "Ah foi você? Aquele e-mail, nem sei o que lhe diga."

 

Eu: "Peço desculpa, não entendi...

 

" E ela desbobina: "Eu também já joguei andebol e isto não era assim! Chega aqui e quer alterar a data do teste? Estamos onde?"

 

E eu pensei: "Pois, realmente, estamos onde?"

 

Ela não alterou a data da frequência. Eu perdi a cadeira nesse ano... Mas recuperei-a no segundo ano, e terminei a licenciatura nos três anos previstos, com uma boa média.

 

Aquela situação abalou-me, mas não me fez cair. Escorreguei, mas não caí. Ficou uma disciplina, mas passei o ano, e depois recuperei.

 

Sempre vamos encontrar pessoas que vão ser autênticas pedras no nosso sapato, ou até vão acontecer coisas de uma forma que não esperávamos. Mas o importante é a nossa reação ao sucedido. Se desistimos, se desanimamos, ou se continuamos.

 

A questão é: Aquilo que te aconteceu distraiu-te, ou destruiu-te?

09 Set, 2016

SAIS OU FICAS?

 

 

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Nos Jogos da Lusofonia de 2009, eu era das mais novas na seleção de seniores. Sendo assim jogava pouco tempo, ou menos tempo do que estava habituada...

 

Um dos jogos, eu estava finalmente dentro de campo, a entrar no ritmo, a ganhar ressaltos, a defender, a dar boas linhas de passe...

 

Era uma oportunidade para mim estar a ganhar espaço naquela equipa, e não queria que fosse desperdiçada...

 

No terceiro período eu estava totalmente integrada, e estávamos a ganhar contra o Brasil... Numa disputa debaixo do cesto alguém me mete o dedo no olho, e eu estava de lentes de contacto...

 

Comecei a ver tudo nublado, e quando levo a mão à cara senti a lente fora do olho. Quando dei por mim, a bola tinha saído de campo e era nossa.. Eu estava mais perto do árbitro, e ele quando viu que estava a olhar para a lente que estava na minha mão, perguntou "Precisa sair?".

 

Câmera lenta... Olho para a lente, olho para o árbitro, e penso: "se sair, não entro mais..."

 

O árbitro insiste: "Fica ou sai?" Atirei a lente para o chão, para longe do campo, e disse: "Fico! Bola!"

 

O resto do jogo fiquei a ver metade focado, metade nublado, mas joguei até ao fim, e ganhámos! Faria de novo a mesma coisa!

 

No ganhar e perder, não há tempo para fraquezas, para dar atenção a dores ou mazelas. Ou estás dentro ou estás fora. Ou queres, ou não queres! No fim é isso que faz com que sejas uma boa escolha ou não.

 

Há quem tenha todas as razões para dar desculpas. Mas há quem faça das suas possíveis desculpas, razões para continuar.

 

06 Set, 2016

VíTIMA DA VIDA

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Vítima por definição, é aquele ou aquela que sofreu algum dano ou prejuízo... Partindo daí, obviamente existem graus de danos ou prejuízos. Mas ainda assim, não é isso que, em última instância, define uma vítima. 

 

Vemos pessoas vítimas de catástrofes horríveis, acidentes, perda de alguém próximo, uma agressão, que afirmam firmemente "Eu não sou uma vítima". Superam o que aconteceu, e tornam-se mais fortes. Com marcas, mas bem mais fortes. Usam até o que aconteceu como alavanca para ajudar outras pessoas. 

 

Por outro lado, vemos pessoas que são vítimas das suas próprias vidas. Dos acontecimentos mais simples, do que sucedeu ou deixou de suceder, do que as rodeia, das pessoas todas, do mundo todo!... 

 

Dizem muitas coisas deste género:

 

- Ninguém me ajuda

- Ninguém me entende

- Eu tenho uma limitação, então não consigo

- Eu sou diferente, então comigo não dá

- Ainda não me deram "tal coisa", por isso é que não consegui a "outra coisa"

- As pessoas fazem tudo mal, então não consigo trabalhar decentemente

 

Todas estas frases e crenças fazem uma coisa: Matam a ação! E é a ação que gera a reação! 

 

Até podes conseguir que te estendam a mão quando fazes “olhinhos de gato”, mas nunca chegarás longe com a máscara de vítima.

 

Uma vítima precisa de ajuda, precisa de compreensão e pode ter limitações… Então ela de alguma parte irá receber solidariedade. Mas nunca se dará uma grande responsabilidade a uma vítima.

Se uma pessoa estiver a trabalhar com uma vítima, quem ajuda quem? Quem ensina quem? Quem dá a quem? A vítima está numa posição que precisa de receber. Os grandes líderes têm que estar dispostos a dar.

 

Esperas fazer a diferença com esse espírito de vítima? Não vai acontecer…

 

Para fazer realmente a diferença, a vítima têm que ser os teus problemas, não tu!

 

Quem é que conta com alguém que se vê como vítima de todas as circunstâncias, da vida, dos outros?

 

O mundo conta com quem faz das suas histórias, boas ou más, uma experiência para inspirar os outros.

 

Então voltando à difinição inicial, secalhar vítima não é aquele que sofreu perda ou dano. Secalhar vítima é aquele ou aquela que se deixa levar por qualquer intrepertação de perda ou dano.

 

Por outro lado, os grandes heróis, não se tornaram heróis, sem uma história difícil para superar. 

 

Tu que até podes ter sofrido algo de terrível na tua vida, mas se hoje fazes a diferença através da tua superação, vais ser motivo de inspiração.

 

Mas se tudo o que te acontece é motivo para desculpas para não alcançares os teus sonhos, então outros terão de te inspirar a ti.

 

 Qual vais ser?

 

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No primeiro ano que cheguei ao CAB (Madeira), no início da época, senti igualmente a sensação de sonho, como a sensação de estar um pouco perdida. 

 

Ainda era junior, e tinha acabado de ser contratada para a equipa que tinha ganho o campeonato da Liga Senior Feminina. Sim é otimo, mas foi difícil adaptar-me àquele ritmo!

 

Dois treinos por dia, além de ginásio, primeiro ano de faculdade, e primeiro ano fora de casa... Estava tão em baixo de forma nos primeiros meses, depois dos treinos matinais, ficava a correr sozinha no pavilhão, por decisão dos treinadores... 

 

Mas mais "assustador" que tudo isto, era o último exercício dos treinos da manhã. Tínhamos que fazer 25 lances-livres seguidos, e marcar pelo menos 23... Isto duas vezes. 

 

Não é a coisa mais difícil do mundo, mas quando chegava aos 20 eu começava a ficar nervosa... Começava a pensar em tudo menos no movimento que tinha que fazer para marcar. Pensava que já tinha falhado antes, pensava que tinha sempre duas colegas comigo, que não podiam ir embora até que eu terminasse, pensava que era uma vergonha, pensava se valia a pena estar ali, pensava se estavam arrependidos de me terem contratado... Pensava isto tudo antes de sequer falhar, e depois, obviamente falhava... 

 

Com o tempo, aprendi a treinar o meu pensamento. Focava-me apenas no meu corpo, na bola e no cesto. Passou a ser rotina, sem medo... 

 

Normalmente era a Carla Nascimento, a Fatima Silva ou a Sara Filipe que ficavam a aturar os meus falhanços... (gosto imenso das três, e tenho histórias com elas que uma dia irei contar). Precisava normalmente de 3, 4, às vezes 5 tentativas... Eu ficava a imaginar o que elas pensavam de mim, mas não demorei muito para entender uma coisa. 

 

Aquela equipa não tinha sido campeã só porque treinavam mais, ou porque podiam contratar esta e a outra... Aquela equipa tinha um espírito que eu ainda não tinha vivido. Havia apoio, incentivo, amizade... 

 

Aprendi que para ser melhor, não era só eu que tinha que melhorar, todas tínhamos que melhorar! Isso é trabalho em equipa.

 

Esse pensamento de "vou fazer a minha parte", não funciona em equipas. Eu tenho que fazer a minha parte, e dar tudo para que o outro também aprenda a fazer a sua. 

 

Os melhores não são só os que são mais atléticos, ou os que têm mais técnica, ou os treinadores com melhor estratégia... Os melhores são os que são capazes de fazer melhores aqueles que os rodeiam. E eu não teria evoluido, crescido e amadurecido se não fosse pelas minhas colegas...  

 

No final do ano tivémos um jantar e todas tiveram que fazer um pequeno discurso sobre a época. Não me lembro de tudo o que disse, mas a última frase foi: "Vir para esta equipa foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida." Disse isto, não apenas em termos desportivos, mas parecia que estava em casa. 

 

Se és o "melhor" da tua equipa, mas não tens este efeito nos teus colegas, vais ser esquecido facilmente. Porque a verdadeira história não é feita nas estatísticas, é feita na vida das pessoas.