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|| DreamAchieve || Sports & Performance

Psicologia do Desporto e Performance || Coaching Desportivo e Empresarial || Formação

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Andava eu incomodada porque queria ser melhor. Um mundo de possibilidades tinha-se aberto na minha mente e sabia que podia explorá-lo como quisesse.

 

Estava finamente a viver um sonho. Treinava duas vezes por dia e começava a ver os efeitos que isso fazia na minha capacidade física. Associei imediatamente o mais tempo de treino ao salto que dei como jogadora.

 

Então pensei que se treinasse mais, iria ser ainda melhor.

 

Aproveitei a oportunidade de estar a almoçar no mesmo sítio que o meu treinador, o Ricardo Vasconcelos, e imaginei o feliz que ele ia ficar de saber que uma das suas jogadoras queria treinar ainda mais.

 

Almoçava no restaurante do clube, que tinha uma vista linda para o centro do Funchal, para o oceano, para os barcos que estavam no porto... Estava o céu limpinho, azul, o vento soprava da forma mais sincronizada possível para que o momento fosse ainda mais épico.

 

O Ricardo, naquele ambiente perfeito, depois do treino da manhã, ia ouvir uma jogadora dizer que queria treinar ainda mais, e de certeza que me ia abraçar, chorar de alegria, e dizer que nunca teve uma jogadora como eu...

 

Isto passou-me pela cabeça como sendo umas das hipóteses para a sua reação... (Não me digas que nunca imaginaste coisas destas!)

 

A primeira parte do plano correu bem.. Almocei, aproximei-me, sentei-me, enquanto falávamos eu disse: "Ricardo, eu quero treinar mais sabes? Quero ser ainda melhor! Não podemos treinar mais? Não me podes dar mais coisas para fazer?"

 

A segunda parte do plano não foi como pensei que ia ser...

 

"Tu não precisas de treinar mais, tu precisas de treinar melhor no tempo que já treinas! Precisas de melhorar a qualidade dos teus lançamentos, a velocidade com que fazes o exercícios, a precisão dos teus passes!... De que serve treinares mais vezes uma coisa mal feita? Só te irias tornar melhor no mal que já fazes..."

 

Ya... Foi assim mesmo!... E continuou:

 

"Se continuas a lançar e o teu dedo do meio é que aponta para o cesto, em vez do teu indicador, e depois cais de lado, como costumas fazer... Se continuas a não estar atenta nas ajudas... Se continuas a não sprintar para o ataque... De que serve fazeres essas coisas mais vezes?"

 

A minha cara transformou-se num melão...

 

"O que tens que fazer é melhorar a qualidade do teu lançamento, das tuas ajudas, do teu contra-ataque, e do que mais tenhas que melhorar! Em vez de fazeres mais vezes da mesma forma."

 

Eu não me lembro de ter sequer argumentado... Estava totalmente de acordo.

 

É muito comum acharmos que temos que fazer mais! Trabalhar mais, só que trabalhamos desconcentrados a pensar que devíamos estar a fazer outra coisa. Estar mais tempo com a família, mas estamos mais ligados à internet que a dedicar total atenção a eles. Mais exercício, mas fazemos de forma preguiçosa...

 

Fórmula para realmente marcar uma diferença entre um antes e um depois: Faz melhor! Investe na qualidade! E depois sim, talvez faça mais sentido, fazer mais daquilo que fazes melhor.

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Por vezes é praticamente obrigatório tomar uma decisão que pode mudar as nossas vidas. Até o facto de não tomarmos decisão nenhuma, pode ser uma decisão que afetará o nosso futuro.

 

Depois do meu (espetacular) primeiro ano no Centro de Alto Rendimento no Jamor, fui convidada para permanecer durante mais um ano. Eu aceitei sem grande dificuldade, porque sabia que, tal como no primeiro ano, ia evoluir imenso.

 

O que eu não sabia era que havia uma outra oportunidade de eu aprender ainda mais.

 

No CAR Jamor jogávamos no campeonato da Primeira Divisão, só que no Algés (meu clube na altura) as seniores jogavam na Liga, campeonato em que nunca tinha jogado.

 

Participei de alguns torneios de pré-época com as seniores do Algés e correram muito bem. E recebi um convite surpresa do meu treinador para integrar a equipa sénior em tempo total durante a época.

 

A decisão foi difícil e fácil. Difícil porque iria deixar amigas, colegas de equipa, pessoas que chamava de irmãs para trás... Momentos, memórias, crescimento...

 

Fácil porque o meu objetivo principal sempre foi estar no lugar que me fizesse evoluir mais. E isso era na Liga.

 

Tomei a decisão e em uma semana já não estava no CAR. Houve uma reunião entre os meus treinadores da Centro de Alto Rendimento, o meu treinador do Algés, e o vice-presidente da federação da altura. Expliquei o carinho que tinha pelo trabalho, com uma dor no peito.

 

Ninguém contestou a minha decisão, apesar da surpresa, porque já tínhamos um mês de época.

 

Primeira segunda-feira a treinar oficialmente como jogadora da Liga, com a minha nova equipa. O treino começa ao apito do treinador, e todas nos reunimos no centro do campo.

 

Eu olhei à volta e vi uma jogadora da seleção brasileira, a Gilmara Justino. Forte, alta, grande jogadora na posição de poste. Lembro-me de vários treinos com ela, eu pendurada nos braços dela, e ela a marcar ponto como se eu nem estivesse ali.

 

Olho para as jogadoras que já pertenciam à seleção nacional de seniores, uns 10 anos mais velhas que eu.

 

Olho para jogadoras que já tinham estado nos Estados Unidos.

 

Olhos para jogadoras que quando eu comecei a jogar basquete, elas já eram seniores.

 

Olho à minha volta e é um desafio completamente diferente. Eu com os meus 17 aninhos, começo a pensar se terei tomado a melhor decisão.

 

O meu treinador começa por falar sobre a atitude que tomei, em detrimento da minha evolução, e que a partir daquele dia eu ia fazer parte daquela equipa.

 

Pude ouvir algumas palavras de incentivo, mas houve uma frase, dita pela Joana Fogaça, que ficou marcada na minha memória: "A Nádia tomou uma atitude muito adulta."

 

A Fogaça na altura para mim era o tipo de jogadora que eu amava apreciar. Jogava na posição de base... Já tinha treinado algumas vezes com ela e nunca tinha tido uma base tão inteligente. Era líder nata, encontrava espaços vazios em qualquer jogada impossível, e metia a equipa a andar. Era um dos motores do grupo.

 

Aquela frase vindo dela, fez-me viajar à pergunta do que era mais importante para mim. As amigas ou a minha evolução. As amigas eram importantes, as relações que criei (e continuei a criar) eram importantes. Mas eu queria ser jogadora à séria.

 

Para isso é preciso constantemente tomarmos "decisões adultas". Decisões em que abrimos mão de coisas e pessoas que amamos, em detrimento de algo que é maior.

 

Naquele momento fiquei em paz.. Continuei em pânico, mas em paz com a minha decisão. Foi um ano difícil, trabalhoso, recompensador...

 

Mal sabia eu que no fim dessa época tinha que tomar outra decisão adulta, quando rumei para a Madeira, para jogar num clube que, naquele momento, fez-me mais sentido para continuar a perseguir o meu sonho.

 

Para decisões difíceis, esta é a minha receita. Perguntar: "O que é mais importante para mim?"

 

E para ti? O que é mais importante?

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Há umas semanas atrás escrevi sobre a necessidade da sinceridade, de agirmos de acordo com o que acreditamos e somos, e como pode ser desgastante tentarmos agradar a todos.

 

Para ler clicar em: http://dreamachieve.blogs.sapo.pt/a-sinceridade-poupa-energia-9576

 

Depois desse artigo algumas pessoas perguntaram-me se o facto de dizerem o que pensavam não poderia gerar conflitos. Algumas deram-me exemplos em concreto de terem tentado ser sinceras, de terem dito o que pensavam e de terem tido problemas.

 

A primeira pergunta que fiz foi: "Como é que disseste o que pensavas?"

 

Lá porque dizemos o que pensamos, não quer dizer que não aprendamos a falar de forma correta.

 

A segunda pergunta que fiz foi: "O que é mais importante para ti? Conflito interno ou conflito externo?"

 

Isto porque, ainda que aprendas a comunicar corretamente, há sempre pessoas que não gostam de ser desafiadas.

 

Ser sincero, ou que alguém te incentive a ser, não é pretexto para má educação. Existem pessoas que usam muito a frase "Eu sou mesmo assim, digo o que penso, quer gostem, quer não." Isso sim, seguramente irá gerar conflitos.

 

A comunicação é a chave para as boas relações, em qualquer contexto. Tratar a minha realidade como a verdade absoluta, pode ofender a quem me ouve, e quebrar qualquer tipo de empatia que possas querer obter.

 

O meu ponto de vista deve ser exposto como isso mesmo, um ponto de vista. Pode resultar para mim e não para outra pessoa.

 

O importante é que não te deixes levar por pontos de vista que não acreditas só para "facilitar" certas situações. Por outro lado, não podes esperar que todos estejam de acordo contigo.

 

Cada pessoa tem o seu "mundo mental", a sua realidade, as suas experiências, as suas opiniões.

 

Agora que já aprendeste a expôr o teu mundo, vamos aprender a respeitar o do outro.

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Quando as coisas começam a correr bem, as possibilidades de coisas ainda maiores começam a surgir na nossa mente. Começamos a imaginar até onde podemos chegar. 

 

Usar o meu nome às costas sempre foi um motivo de orgulho para mim, chegava a meio de um europeu e algumas pessoas das bancadas já me chamavam pelo nome, cumprimentavam e vinham dar-me os parabéns pelo bom jogo.

 

A partir dos 16 anos comecei a tornar-me numa jogadora mais focada, os treinos que o clube me oferecia já não eram suficientes, e sempre procurava fazer mais.

 

Quando não tinha treinos matinais, saia várias vezes de manhã antes das aulas para correr, ainda que fossem alguns minutos. Ia antes do treino começar e fazia ginásio, saltava à corda.. Quando o treino começava eu já estava suada.

 

Quando tinha treinos de manhã, se houvesse folga eu ia na mesma, eu queria competir não só com as minhas adversárias, mas também com as minhas colegas, e até comigo mesma. Esse trabalho deu frutos, mas eu mal sabia que isso era só o começo de um caminho.

 

Houve um europeu, de sub-20 na Polónia, que me correu, a nível individual, particularmente bem, mas em termos coletivos não conseguimos ganhar quase nenhum jogo.

 

Eu continuava a alimentar-me dos pontos que marcava, e do facto de ser a capitã, mas aquilo não estava a ser suficiente. Nesse campeonato recebi 3 convites para ir para os Estados Unidos, mas ainda assim, cheguei ao fim pouco satisfeita.

 

Acabei o europeu como melhor marcadora da prova, mas no dia da cerimónia de entrega de prémios, eu estava na bancada, e outras três equipas estavam a subir ao pódio. Eu e a minha equipa, ficámos a aplaudir as nossas adversárias, e por pouco não ficámos em último lugar. 

 

Se fosse hoje e se eu pudesse, trocaria aquele título de melhor marcadora por um lugar no pódio, não há nada melhor que partilhar vitórias.

 

Devemos trabalhar intensamente sempre, para melhorar individualmente, porque quanto mais melhoramos mais ajudamos a nossa equipa, e não há como sermos um exemplo se não nos destacarmos nas nossas ações. Mas se não tivermos a capacidade de trasmitir essa atitude a quem nos rodeia, nunca seremos realizados, nem no desporto nem em nada.

 

Aprendi que mais do que ser boa jogadora, eu tinha de ter a habilidade de contagiar a minha equipa. Mais do que fazer-me melhor todos os dias, era levar outros a terem vontade de o serem também. Qualquer um que trabalhe, trabalhe, trabalhe, com o mínimo de orientação, alcança resultados. Mas não é qualquer pessoa que marca a vida de outra.

 

Não são os melhores jogadores que vencem, são as melhores equipas. Eu trabalhei imenso para ser a melhor jogadora, mas não trabalhei juntamente com as minhas colegas o suficiente para termos a melhor equipa.

 

Isto serve para desporto, para empresas, para famílias e para escolas.... Não somos nada de especial, até sermos especiais para alguém. 

 

O verdadeiro sucesso é espalhar a motivação que nos fez chegar onde chegámos, ou onde sonhamos chegar com alguém. 

 

Devemos todos trabalhar para sermos melhores, com o objetivo de fazer outros melhores. Se eu me preocupar mais em dar do que receber, acabarei por receber mais do que espero. 

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Alguma vez conseguiste olhar para dois lugares ao mesmo tempo. Mesmo tendo dois olhos, o ser humano só tem a capacidade de olhar para um foco ao mesmo tempo, e para aí flui a sua concentração.

 

Existem pessoas que se concentram apenas naquilo que é negativo, ou naquilo que não podem controlar, ou (e este é o mais divertido de ver) naquilo que acreditam e querem provar.

 

Todos nós temos certas crenças que determinam os nossos pensamentos, discurso e comportamentos. Crenças relacionadas a raça, a género, a cultura...

 

Por exemplo, existe a crença de que as mulheres não sabem conduzir, o que impede, para quem tem essa crença, de ver um homem que conduza mal, ou uma mulher que conduza bem. Essa pessoa ignora esses dois factos, mas quando de vez em quando aparece uma mulher que conduz mal, diz: "Eu não digo que as mulheres são péssimas condutoras? É sempre assim!"

 

Existem crenças de que os políticos são todos corruptos. Isso impede que vejamos um bom político quando ele surge, e que vejamos que qualquer outra pessoa pode também ser corrupta, independentemente da sua profissão. E quando um político se envolve em corrupção, o que diz essa pessoa?: "Eu não disse? São todos uns corruptos, é sempre assim!"

 

Existe a crença de que todos os árbitros são maus árbitros, todos roubam. E torna-se impossível de ver quando um árbitro apita o jogo sem qualquer erro. Mas quando surge um, o que se diz?: "Os árbitros são todos ladrões! É sempre assim!"

 

Existem crenças ainda mais fortes, que um dia já provocaram guerras, mortes, ódio, ofensas... Que provocaram holocaustos, escravidão e leis sem direitos de igualdade.

 

E também existem crenças mais subtis, em cada um de nós, que nos impedem de sequer agir de acordo com os nossos objetivos.

 

Crenças como "Na minha família todos são assim, sem paciência, é por isso que também não tenho"; "Eu não consegui conquistar os meus objetivos, não é hoje com esta idade que o vou fazer"; "Sempre fui o menos inteligente dos meus irmãos".... E por aí vai.

 

Crença é algo que acreditamos, que o tornamos verdade na nossa realidade mental, e que nos impede de tomar certas atitudes que nos fariam felizes.

 

Traduzindo, são as histórias que nos contamos a nós mesmos quando por algum motivo fazemos asneira.

 

Quando falhamos, temos sempre uma história pronta para contar às pessoas, para parecermos as vítimas.

 

Qual é a história que te contas a ti mesmo? Aquilo que sempre dizes quando fazes ou deixas de fazer algo de que te arrependes.

 

Quando admitires que essa história é ficção, escreverás uma nova, e esta será baseada em factos reais. 

 

03 Out, 2016

ENSINAMENTO MIYAGI

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Quando eu era ainda sub-16, havia uma regra nos estágios da seleção: Não podíamos ficar com o telemóvel connosco. A Isabel apenas nos dava durante meia hora depois de almoço, e durante meia hora antes de ir dormir, para podemos falar com os nossos pais. Alguma emergência, eles tinham que ligar para ela....

 

Isto no tempo em que os telemóveis só serviam para telefonar e mandar mensagens. Ainda assim causavam distração, principalmente quando em contexto de seleção, um dos objetivos é criar uma equipa, uma ligação entre jogadoras que não se conheciam assim tão bem.

 

Eu não entendia na altura, mas não reclamava. Também não entendia porque é que quando já tínhamos treino às 10:30 da manhã e às 18:30 da tarde, porque é que era preciso levantar-me as 7:00 da matina para ir treinar antes do pequeno-almoço.

 

Como a essa hora não tínhamos sequer pavilhão, o nosso treino era na rua.

 

Uma vez estávamos em estágio numa quinta, e às 7:30 da manhã fomos treinar no meio da vegetação. O objetivo do treino era aperfeiçoar a técnica dos bloqueios, e usámos as árvores como defesas! Sim as árvores! O treino foi bloqueios às árvores!

 

Sentia-me um pouco envergonhada, até nos ríamos, mas não podíamos sequer pensar em não nos empenhar. Os incentivos da Isabel e do Rui não deixavam tempo nem para bocejar (apesar do sono).

 

A determinada altura olhei para o lado e estava um pavão a olhar para nós... De repente ele abriu aquele rabo colorido, devia estar assustado! Talvez o sonho dele também fosse ser jogador de basquet, mas deve ter desistido quando viu o que tinha que fazer...

 

Não entendíamos na hora, mas depois aquilo dava resultado. Em certos momentos de competição, certas coisas que não conseguíamos fazer, quando dávamos conta saía de forma natural. Mais que isso, ensinamentos de vida, que só comecei a entender agora, e que ainda hei-de entender mais tarde.

 

Eram ensinamentos tipo Mr. Miyagi... Primeiro odeias e não entendes. Quando vais a ver, és o Karate Kid.

 

Hoje falta um pouco disso, falta um pouco de contacto, de relacionamento.. É tudo mais prático, mais rápido, mais efetivo...

 

Quem dera hoje mais treinadores irritassem os seus jogadores ao fazerem-lhes levantar com as galinhas (literalmente). Quem dera mais treinadores tirassem os telemóveis na hora dos convívios... Hoje é invasão de privacidade, ou outro crime qualquer!

 

A 20 de Julho de 2002, um sábado, acordei oito e pouco da manhã com a voz da Isabel (ela acordava-nos quarto por quarto, hoje também é o telemóvel que faz isso), ela vinha com o meu telemóvel na mão e disse: "Liga à tua mãe, que tens uma boa notícia!"

 

Liguei à minha mãe, com a Isabel ali ao lado.. O meu irmão tinha nascido durante a madrugada, às 5:10 da manhã.

 

Perguntam-me se não preferia ter sabido logo na hora. Não... Porque se soubesse àquela hora, com todos à minha volta a dormir, ia saber sozinha, pelo telefone. Ali soube acompanhada, e tive com quem festejar. Acham que me vou esquecer disso algum dia?

 

Voto por mais equipas assim. Por mais treinadores assim. Por mais desporto assim. Por mais educação assim. Por mais seres humanos assim.