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|| DreamAchieve || Sports & Performance

Psicologia do Desporto e Performance || Coaching Desportivo e Empresarial || Formação

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Era Novembro, e a professora universitária de Bio-Estatística já se preparava para começar o exame do primeiro semestre.

 

Aquela aluna que pouco vinha às aulas ainda não tinha chegado, e a professora já estava a perder a paciência com ela.

 

Ela uma vez já tinha pedido para adiar um dos exames, por não poder comparecer, mas a professora tinha uma necessidade muito grande de ser justa. Todos têm que ser iguais! Então não deixou!.. E se também não viesse a este, iria reprová-la.

 

A professora sabia que aquele aluna era desinteressada e comentava constantemente com outros colegas, sobre certas pessoas não saberem aproveitar as oportunidades de terem acesso ao ensino superior.

 

O exame começou e nada da aluna desinteressada.

 

Passados 15 minutos ela chegou. Apressada, apenas com uma caneta na mão. Pediu desculpa pelo atraso, desconcentrando toda a turma.

 

Quando se sentou viu que não tinha folha de teste. Pediu desculpas novamente e pediu permissão para sair e ir comprar.

 

Que grande lata! Vem tarde, tira a atenção dos colegas que já estão em exame, e ainda se esquece da folha de teste, e volta a sair!

 

Demora a voltar, mas finalmente chega.. Apressada, com a respiração de quem esteve a correr.. Quando se senta, tinha-se esquecido de algo essencial para fazer o teste.. A calculadora!

 

"Professora, pode emprestar-me a sua calculadora?"

 

"Shhhhhhh" Respondeu ela, para a aluna falar baixo... Em seguida revirou os olhos! Não queria acreditar naquilo. O que é que aquela miúda estava a fazer ali? Era ridículo. Emprestou a calculadora, porque não tinha como dizer que não.

 

A aluna atrasada e desinteressada foi a primeira a acabar o teste. Entregou a folha e saiu.

 

Essa aluna era eu.

 

Fui eu que cheguei tarde ao exame porque tive treino antes.

 

Fui eu que pedi para adiar o exame anterior porque tinha tido jogo fora da região.

 

Fui eu que me esqueci do material porque com o atraso, já só pensava em chegar ao exame.

 

Fui eu que acabei o teste primeiro por não saber todas as respostas, e não saber trabalhar com uma calculadora tão diferente da minha.

 

Fui eu que faltei a várias aulas por ter treinos de manhã 3 vezes por semana, e ser altura de competições europeias.

 

Fui eu que fui julgada por toda a minha turma e corpo de professores.

 

Mais tarde também fui eu que fui expulsa de um trabalho de grupo pelos meus colegas, por nem sempre poder comparecer aos momentos em que eles se juntavam.

 

Mas também fui eu que, mesmo assim, no fim desse ano letivo, tive sucesso, fiz amizades que tenho até hoje, e não faltei a nenhum treino.

 

Sem remorsos, nem mágoas, tudo o que aconteceu me fez mais forte.

 

E eu que gosto de desafios, foi mesmo divertido dar a volta à situação, e provar a todos, sem palavras, que eu era bem mais interessada e dedicada que todos eles juntos. Pois ainda nenhum deles tinha deixado casa e família para perseguir um sonho.

 

Julgar é um engano. A verdade está escondida no conhecer as pessoas. Todo o lado A tem um lado B.

 

Mas ainda que as pessoas te julguem, só tu tens o poder de decidir qual será o final da tua história.

 

Ninguém te entende? Diverte-te com isso! ;)

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Quando faltava 1 minuto e 20 segundos para acabar o jogo, estávamos a ganhar por 9 pontos, e já se ouviam cânticos de festejo nas bancadas.

 

Eram competições europeias, contra uma equipa francesa, a jogarmos em casa, ia ser uma vitória que iria ficar para a história.

 

Desconto de tempo, foram dadas instruções sobre como deveríamos "aguentar" o jogo até ao fim.

 

Entrámos em campo com o jogo praticamente ganho, só que as nossas adversárias, não tendo nada a perder, estavam dispostas a fazer tudo! Quando vamos pôr a bola em campo, elas estavam a defender campo inteiro. Uma pressão louca!

 

Quando chegamos ao meio-campo, dois contra um, perdemos a bola, elas marcam.

 

7 pontos.

 

Na vez seguinte conseguimos atacar, mas falhamos, elas voltam e marcam um triplo.

 

4 pontos. 1 minuto para o fim.

 

Metemos a bola em campo, passe longo, perdemos a bola. Falta. Dois lances livres convertidos.

 

2 pontos.

 

Falhamos novamente o ataque. Elas atacam, metem a bola no poste. Dois pontos.

 

Empate! Faltam segundos para o jogo acabar.

 

Elas passam à frente e perdemos o jogo por 2 pontos.

 

Todos já vimos aquele vídeo do ciclista que começa a festejar antes de chegar à meta, e que uns metros antes cai da bicicleta, pois estava a festejar com os dois braços para cima, e não tinha nenhuma mão a segurar o volante. O ciclista que estava em segundo lugar, passa à frente e ganha.

 

Esta história vem desde a corrida entre a lebre e a tartaruga...

 

A vitória só é vitória, quando efetivamente é uma vitória.

 

Ontem a ver o jogo do Porto x Benfica, a uns minutos do fim, o noticiário da SIC já falava da vitória do Porto, e de como estavam mais próximos da liderança. O Benfica empatou a 2 minutos do fim.

 

Pondo de parte o desrespeito pelo adversário, pela desporto e pela competição em geral, mas o facto é que, cantar vitória antes de tempo, tira-nos o foco do jogo, aumentando as probabilidades de perdermos o que já tínhamos.

 

A partir do momento em que assumimos que ganhámos algo, que não ganhamos na realidade, inconscientemente deixamos de lutar por esse algo.

 

Entretanto do outro lado, podemos ter alguém que faz exatamente o contrário. Que em vez de dizer "Já está!", diz "Isto ainda não acabou!".

 

O jogo de basket tem 40 min, e naquele jogo, tudo o que fizemos em 38 minutos e 40 segundos, perdemos em 1 minuto e 20 segundos.

 

No teu caso, não sei o que estarás quase a alcançar, mas lembra-te que levantar os braços antes da vitória, é tão prejudicial como baixar os braços antes da derrota.

 

Melhor é manter os braços em posição de combate.

03 Nov, 2016

PORQUÊ DA MENTIRA

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Existe uma tendência para perguntar o porquê das coisas... É bem natural do ser humano querer saber a razão por detrás dos acontecimentos e dos comportamentos.

 

Sobre a mentira, pergunta-se muito, porque é que as pessoas mentem. "Porque é que o meu filho, filha, marido, mulher, mentem?"

 

Eu acredito que as pessoas, seja qual for o comportamento, não o têm por maldade, nem porque são esquisitas ou diferentes. Na verdade, os comportamentos vão de encontro às necessidades das pessoas.

 

Já falei com muitos adolescentes que, ao ganharem confiança para falar comigo, disseram que mentiam por medo das consequências da verdade, pois sentiam, do lado dos pais, muita rigidez e severidade.

 

Já falei com outros que se sentem incompreendidos, e que sentem que os pais dizem que "não", sem sequer ouvir o que têm para dizer. Então desobedecem e depois mentem.

 

Já falei com pessoas que dizem que mentem, porque quando dizem a verdade sentem-se ridicularizadas pelos seus amigos.

 

Já falei com pessoas que me disseram que mentem, porque querem pertencer a um
certo grupo, e para ter mais coisas em comum com este, inventa coisas.

 

Também já falei com pessoas que mentem por diversão.

 

As pessoas podem mentir por medo. Podem mentir por querer evitar conflitos. Podem mentir para agradar. Podem mentir por achar que é a única forma de obter algo imprescindível para elas. Podem mentir por.... Entendeste o jogo?

 

As pessoas podem mentir por ____________ (espaço em branco) - Preenche com o significado que te faça sentir melhor!

 

Giro não é? Claro que é!

 

Só não é giro quando sempre lhe atribuímos o significado que nos faz discutir mais. Aconselho a que escolhas o significado que te ajude a ficar mais em paz.

 

A questão aqui é, entender o porquê não resolve a questão. O que resolve é não condenares o comportamento, e se quiseres realmente entendê-lo, pergunta: "O que estou a fazer para que essa pessoa tenha necessidade de me mentir?"

 

Talvez não a oiças como ela deseja, talvez sejas um pouco rígido com ela, talvez recrimines as suas opiniões e decisões, talvez desrespeites a verdade dela e ela aprendeu a defender-se com a mentira, ou talvez não estejas a fazer nada.

 

Mentir é certo ou errado?

 

Saber se a mentira é certa ou errada vai resolver o teu problema?

 

O que podes fazer para que as pessoas não te mintam?

 

Se achas que podes fazer alguma coisa, que bom! Então faz!

 

Se achas que não podes fazer nada, que bom também! Relaxa, porque não há nada a fazer!