ENTREVISTA: FÁBIO LIMA
A DreamAchieve esteve à conversa com Fábio Lima, atleta da Seleção Nacional que conta no seu currículo desportivo com passagens por campeonatos espanhóis.
DA: Fábio, conta-nos como foi o teu percurso desportivo até hoje.
FL: Comecei a jogar aos 13 anos no Seixal Futebol Clube. A minha ida para o basquete não foi por gostar da modalidade, até porque na altura não conhecia nada da modalidade. Na altura vários colegas da escola diziam-me para ir experimentar porque era alto, até que um dia fui com um colega de escola que jogava no Seixal e fiquei logo fanático. Joguei no Seixal entre os 13 e os 16 anos (estive nos centros de treino do Porto e CAR Jamor), aos 17 anos fui para Espanha para o Pamesa Valência, e joguei lá 3 anos. Aos 20 anos mudei-me para o C.B. Mérida (LEB Bronze) e aos 21 voltei a Portugal para o Illiabum Clube. Com 22 anos fui para CAB Madeira, aos 26 voltei a Espanha para o Cocinas (LEB Oro), e a meio da época fui para o Benfica. Atualmente estou há 2 anos no CAB Madeira. Ao logo da minha carreira representei várias vezes as seleções nacionais na formação e desde os 20 anos que represento a seleção nacional de seniores.
DA: Qual o momento mais alto da tua carreira?
FL: A minha estreia na ACB com 19 anos.
DA: Qual consideras ter sido o teu momento desportivo mais difícil, e com que mentalidade o ultrapassaste?
FL: A primeira vez que me lesionei gravemente e tive que ser operado. Nunca tinha passado por nada semelhante e por diversas razões o processo todo atrasou-se bastante e fiquei quase 7 meses parado para recuperar o que podia ter sido resolvido em 2/3 meses. Engordei 15kg e custou-me bastante estar afastado da competição tanto tempo. A ajuda da minha família foi fundamental para conseguir ultrapassar esse momento e fazer uma boa recuperação, que me permitiu voltar à forma a meio de uma época.
DA: O que admiras mais num atleta?
FL: Humildade, inteligência, capacidade de trabalho e superação.
DA: Se todos os atletas jovens te pudessem ouvir agora, o que lhes dirias?
FL: Não desistam dos vossos sonhos!
Vocês vão “cair” muitas vezes, vão surgir vários obstáculos, alguns "críticos de bancada” vão tentar mandar-vos abaixo, mas se continuarem focados no vosso objetivo e trabalharem para chegar lá, acreditem que vão conseguir.
DA: A DreamAchieve é um projeto que através de artigos, podcasts e eventos aborda a importância da componente mental no desporto e na vida. Para ti, que importância tem esta componente?
FL: Por mais capacidade física que um atleta tenha, de pouco lhe vale se não tiver capacidade mental para responder às exigências do desporto e da vida. É praticamente impossível que todo o percurso seja apenas composto por bons momentos, e quando as coisas correm menos bem é preciso ter capacidade de continuar a trabalhar, analisar os erros e a lutar por melhores resultados. É nestas alturas que a estabilidade emocional e mental é muito importante principalmente se quiseres investir numa carreira duradora.
DA: No último jogo que Portugal realizou contra Luxemburgo, para a qualificação para o Eurobasket, estiveram a perder por 23 ponto, e venceram após prolongamento. Qual foi o segredo para a grande reviravolta?
FL: No fundo não houve segredo nenhum. As coisas não tinham corrido como queríamos na 1ª parte e era preciso mostrarmos que eramos melhores do que o adversário. Depois de falarmos entre nós no intervalo sabíamos que tínhamos de jogar basquete livremente e defender bem se queríamos sair do jogo com uma vitória.
NUMA FRASE DIZ-NOS:
Pessoa mais influente no teu percurso: A minha família
O que queres fazer quando deixares de jogar: Ainda não sei ao certo, mas gostava de continuar ligado ao desporto.
O que mudarias em ti: Nada, as pessoas importantes para mim, gostam de mim como sou.
Hobbie preferido: Viajar
Frase que te define: “Trabalha duro em silêncio e deixa que o sucesso faça barulho”.
Quem não me conhece bem pessoalmente, tem a tendência de achar que sou preguiçoso, muitas vezes até brinco com os treinadores sobre o calendário de treinos durante a semana, digo que é muito treino. Mas a verdade é que nas minhas férias e tempos livres passo a vida no ginásio ou no pavilhão, só não vejo necessidade de anunciar isso a toda a gente porque acredito que estou a treinar para mim e não para que os outros vejam.
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