Ao começar a época no meu primeiro ano no CAB, estava ainda sem perceber o que me estava a acontecer. Estava a ter uma oportunidade espetacular. A jogar com grandes jogadoras a nível nacional, num grande clube, com um grande treinador. O primeiro jogo do campeonato estava a chegar, e mesmo sem perder o sono (era impossível com a quantidade de treinos não ter vontade de dormir à noite), pensava como iria ser a minha prestação. Já tínhamos tido a Super Taça (e vencemos), (...)
Eu era uma atleta que estava habituada a jogar muitos minutos, mas nas duas épocas em que isso não era tal linear, tive muitas dificuldades em lidar com o assunto. Foi quando comecei a jogar na Liga em Portugal, e também quando fui para a Liga Espanhola. Ficava angustiada no banco, envolvida com o que me estava a acontecer a mim, estava a viver o problema de forma muito infantil. Ficava à espera que algo acontecesse diferente, com uma postura de que estava a sofrer a maior (...)
Existe uma tremenda dificuldade geral em lidar com os erros. Mais ainda quando alguém nos chama à atenção daquilo que fizemos, ou poderíamos fazer melhor. Damos imensos significados às correções que nos são feitas, e pior, deixamos esses significados definirem quem somos. Nós somos muito mais do que os nossos erros. Somos muito além do que fazemos num determinado momento e situação. Quando eu era iniciada, mais ou menos um mês depois de começar a treinar pela (...)
Esta semana a DreamAchieve conta com as reflexões de Eugenio Rodrigues, selecionador nacional da equipa feminina de Sub-20, que se está a preparar para o campeonato europeu que será de 8 a 16 de Julho em Matosinhos. DA: Eugénio, conta-nos como tem sido o teu percurso como treinador? ER: Já vai longo este meu trajeto como treinador. Efetivamente abracei esta "vida" bem cedo, no ano de 1984, (...)
Lembro-me tão bem do momento em que o Manaia me ligou, em Dezembro de 2000, para me dizer que me ia subir de escalão. Estava no carro com os meus pais, eu ia na parte de trás, e por coincidência (ou não) estava a passar mesmo em frente ao pavilhão onde treinava... Quando o telefone (na altura tijolo com antena e tudo!) toca! Ele perguntou-me se eu queria subir de escalão. Eu lembro-me de estar a sorrir tanto, que os cantos da minha boca pareciam que iam rasgar. Respondi "Sim, (...)
Esta semana a DreamAchieve teve a enorme honra e prazer de poder conversar e trocar palavras de sabedoria com a Isabel Ribeiro dos Santos. Ex-atleta internacional, atual treinadora, tem também três filhas que são atletas internacionais, e é considerada uma das mães do basquetebol português. DA: (...)
Há momentos em que parece que estamos estagnados... As coisas não estão bem nem mal, estão como estão e vão andando... Acontece com toda a gente, e são momentos necessários, mas é um perigo passar demasiado tempo neste estado, porque podes perder imensas oportunidades. Eu estava assim num determinado momento, simplesmente a treinar, a ir com a corrente. Não fazia nada de especial, nem me sentia nada além do normal. Estava no CAR Jamor, o que era bom, mas não me sentia a dar (...)
No primeiro Campeonato da Europa de Sub-18 que participei, ainda só tinha 15 anos. Tinha idade de Sub-16... Eu sabia desde o início que não ia jogar muito tempo, e que só de estar ali já era um privilégio, mas no fundo tinha esperança de que contassem comigo para ajudar a equipa a ganhar. Nesses momentos, ainda que sem esperanças, criamos expectativas até um pouco irreais na nossa mente. Fantasiamos sobre salvar um jogo, marcar 10 triplos, fazer crossovers (...)
Esta semana a DreamAchieve teve a honra de poder falar com Ricardo Vasconcelos, atual Selecionador Nacional da Equipa Sénior Feminina, e definitivamente um dos melhores e mais reconhecidos treinadores de basquetebol de Portugal. DA: Ricardo, conta-nos porque decidiste ser treinador de basquetebol, e como tem sido o teu percurso a nível de clubes, e como selecionador nacional? RV: Eu iniciei o caminho de (...)