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|| DreamAchieve || Sports & Performance

Psicologia do Desporto e Performance || Coaching Desportivo e Empresarial || Formação

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Eu era uma atleta que estava habituada a jogar muitos minutos, mas nas duas épocas em que isso não era tal linear, tive muitas dificuldades em lidar com o assunto.

 

Foi quando comecei a jogar na Liga em Portugal, e também quando fui para a Liga Espanhola. Ficava angustiada no banco, envolvida com o que me estava a acontecer a mim, estava a viver o problema de forma muito infantil.

 

Ficava à espera que algo acontecesse diferente, com uma postura de que estava a sofrer a maior das injustiças... Irónico não? Ter uma postura tão negativa, e esperar coisas positivas...

 

Todos os atletas obviamente gostam de ter minutos na hora do jogo, de sentir essa confiança por parte do treinador. Mas isso não está nas minhas mãos.

 

Cruzo-me diariamente com atletas que, tal como fiz nessas duas épocas, traçam o objetivo de jogar mais, ou de que o treinador confie neles para fazer outras coisas, ou que definem o objetivo de ter mais oportunidades.

 

Tudo desejos viáveis, mas não controláveis. Ter como objetivo que outra pessoa mude de comportamento, pode tornar-se frustrante.

 

A nossa energia não devia estar a ser gasta em coisas que dependem de outros, mas sim do que depende de nós. Podes querer jogar mais tempo, ter mais oportunidades, mas o objetivo que defines deve ser a resposta a esta pergunta: O que posso fazer para que isso aconteça?

 

Quando responderes, tens o teu objetivo. E em dois segundos, o poder está nas tuas mãos, e não de um treinador, de um chefe, ou de quem quer que seja.

 

Sofri um bom bocado à espera de oportunidades, a achar que o outro devia mudar, que devia pensar diferente de mim, que não estava a ser justo. Nada disso eu posso controlar. O que posso controlar é no tempo que jogo dar o meu melhor, trabalhar mais, treinar melhor, ir além do pedido, permanecer com confiança, manter o ânimo, e, acima de tudo, entender que as coisas que acontecem numa equipa, estão também dependentes de toda a equipa.

 

Ajuda também entender que as coisas não giram à nossa volta. Queremos sempre ter um papel mais importante, mas mais importante que isso é a tua equipa. Ainda assim, se queres subir, evoluir, crescer como atleta, mete toda a tua energia no que podes que fazer, em vez de a meteres no que os outros podem ou não fazer por ti.

 

Assim passas de frustração à ação. Passas de impotência a controlo total. Passas de desânimo a ânimo. Passas de vítima a atacante. Passas de inatividade a ação contínua.

 

E com esta nova atitude, acredita, é bem mais provável que essa oportunidade te seja dada.

 

Pergunta do dia... O que é que está nas tuas mãos?