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|| DreamAchieve || Sports & Performance

Psicologia do Desporto e Performance || Coaching Desportivo e Empresarial || Formação

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A primeira vez que fui à seleção de seniores, tinha 18 anos, e a convocatória era para ir aos Jogos da Lusofonia em Macau.

 

Tinha apenas 15 dias que me tinha mudado para a Madeira... Parecia que tudo de bom finalmente me estava a acontecer, e esta viagem foi mais uma dessas coisas espetaculares.

 

Lá fui... Funchal para Lisboa, Lisboa para Frankfurt, Frankfurt para Hong-Kong, e finalmente Hong-Kong para Macau... Quase um dia inteiro nisto...

 

Sabem aquela cena do burro do Shreck, que enquanto viajava para o reino chamado Bué Bué de Longe, perguntava a cada 5 min "Já chegamos?... E agora já chegámos?.." Eu estava nesse estado de ansiedade.

 

Ficámos num hotel muito bom!.. Se não me engano fiquei num quarto no 18o andar. Macau parece Las Vegas... Hotéis de luxo, casinos... Há parques muito giros também.

 

Sinceramente só de estar ali, com aquele grupo de jogadoras seniores, num país e continente novo, para mim já era bastante bom.

 

Chegou a hora de competir e eu já esperava não jogar muito tempo. Ainda assim joguei em todas as partidas e consegui marcar pontos em todas as partidas...

 

Um certo jogo, ao intervalo, uma das jogadoras do cinco inicial, não podia entrar no terceiro período (não me lembro se se lesionou, ou algo parecido...) então faltava uma jogadora para completar o 5 que iniciaria a segunda parte.

 

O Carlos Portugal, selecionador da época, entrou no balneário, disse o que tinha para dizer, e depois disse: "Não sei quem ponho a jogar...."

 

Eu nesse momento olhei fixamente para ele! Foi apenas um segundo que parecia uma eternidade... Eu queria ser escolhida!

 

"Quem quer jogar?" - Perguntou ele.

 

Ao mesmo tempo que me perguntava se ele estava mesmo a fazer aquela pergunta para nós respondermos, não dei tempo a mais ninguém, levantei o braço e disse bem firme: "EU!"

 

"Tu?... Tá bem!.. Vais entrar, defendes a jogadora tal, e jogas a 3".

 

Fiz uma pequena dança de alegria na minha mente...

 

Entrei em campo, marquei 4 pontos, e voltei para o banco... Valeu a pena!

 

As minhas colegas, em tom de brincadeira, durante uns dias chamaram-me bombeira voluntária, por me ter oferecido para jogar.

 

Uma coisa que sempre tive dentro de mim foi aproveitar as oportunidades, e isso eliminava muito a ansiedade ou medo de errar. Eu tinha era medo de não aproveitar o meu tempo de jogo... Ou de não aproveitar quando estava sozinha para lançar! Isso sim roía-me por dentro!

 

Às vezes é mesmo só pôr na balança... O que pesa mais? O teu medo de errar, ou o teu arrependimento quando não aproveitas uma oportunidade?

 

O que perdes em arriscar?

 

O que ganhas em nem sequer tentar?