ENTREVISTA: LAURA FERREIRA
A DreamAchieve volta às entrevistas em grande, com a participação da atleta internacional portuguesa Laura Ferreira, que atualmente compete numa Universidade nos Estados Unidos.
DA: Laura, conta-nos como foi o teu percurso como atleta.
LF: Comecei a frequentar a piscina aos 3 anos e aos 7 anos comecei a nadar competitivamente. Aos 8 anos a minha mãe inscreveu-me no minibasket com a minha irmã, e durante 7 anos consegui conciliar os dois desportos. Depois de ser chamada para as seleções distritais e para o Centro de Alto Rendimento é que tive de optar pelo basquete. Desde então, joguei na ESA (Amadora), na ESSA (Barreiro) e agora estou na universidade da USF (EUA - Florida).
DA: Que lições de vida aprendeste com o basquetebol?
LF: O basquetebol ensina tantas lições de vida que e difícil escolher a melhor. Para mim, a mais importante tem de ser o trabalho de equipa.
Eu, que nadei durante 11 anos, senti-me muito mais feliz por estar a jogar em equipa, e por me sentir incorporada num grupo em que todos os elementos são fundamentais para o triunfo. Isto também se aplica na vida, uma vez que é muito dificil atingires os teus objetivos sozinha. Tens sempre de trabalhar em equipa e ter um suporte, ou alguém que te ajude, a ultrapassar os obstáculos mais difíceis.
DA: Passaste recentemente por uma lesão que te impediu de jogar durante algum tempo. Que mentalidade te ajudou a superar este momento?
LF: No inicio fiquei completamente devastada por ter de parar o resto da época, mas depois de algum tempo percebi que não valia a pena estar a chorar por algo que não tinha controlo. Foi preciso muita força interior e determinação para continuar focada nos meus objetivos, e também muita paciência para ter a consciência de que precisava de dar tempo ao tempo para recuperar da lesão.
DA: O que te faz admirar um treinador?
LF: Gosto de treinadores que saibam motivar e que tragam unidade para a equipa. Que reconheçam que cada elemento é fundamental para o sucesso da equipa, e que saibam corrigir sem culpabilizar-nos pelos nossos erros dentro do campo.
DA: Quais a três pessoas mais influentes na tua vida e porquê?
Os meus pais, por me apoiarem em todas as minhas decisões, sejam elas boas ou más. A minha irmã por ter sido e por ser o melhor exemplo que tenho para seguir. E em relação ao basquet, os meus antigos treinadores por terem acreditado em mim e por me terem ajudado a tornar-me na jogadora que sou hoje.
DA: A DreamAchieve é um projeto que se dedica a abordar temas relacionados à componente mental no desporto e na performance em geral. Para ti, qual a importância destes temas para a tua atividade desportiva e para a tua vida?
LF: Para mim o desporto é 80% mental e 20% físico.
É preciso ter uma mentalidade muito forte para conseguir chegar a algum lado.
Não importa que tenhas 2 metros ou que sejas um super atleta, tens de ter uma mentalidade determinada para trabalhar duro todos os dias nos treinos e nunca desistir. E também é preciso ter muita paciência para esperar pelos frutos do teu trabalho.
DA: Se o mundo te pudesse ouvir agora, e tivesses apenas esta oportunidade de dar um conselho que aches importante, o que seria?
LF: Não compliquem! Aproveitem cada momento e sejam felizes.
Numa frase diz-nos:
Momento mais alto da tua carreira:
Quando ficamos em segundo lugar no europeu das sub 20 na Bulgária. Conseguimos a subida de divisão e eu fiquei muito feliz por ter recebido o prêmio de cinco ideal.
Lugar que mais gostas de estar:
Dentro de água. Vou sempre para a piscina nadar para relaxar e renovar energias.
O que queres fazer quando deixares de jogar:
Quero continuar a estar relacionada com o desporto como preparadora fisica e quero ajudar atletas a atingir os seus objetivos.
O que mudarias em ti:
Gostava de ter mais paciência e ser menos emotiva.
Frase que te define:
“Põe quanto és no mínimo que fazes” de Fernando Pessoa.
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