FITNESS FRIDAYS
O pouco tempo que estive nos Estados Unidos, serviu para mostrar-me que é no limite que aprendemos as coisas que mais nos transformam.
Todas as sextas-feiras era dia de treino físico intenso. Além dos treinos físicos matinais, as "Fitness Fridays" eram características por um desafio físico em equipa.
Uma dessas sextas, dividiram as 16 jogadoras, em 4 grupos de 4.. Cada grupo com uma bola medicinal de 8 Kg....
As regras eram as seguintes: - Dar 4 voltas a uma certa parte do Campus sem parar de correr; - Nunca podíamos separar-nos do nosso grupo de 4; - A bola tinha que ser carregada pelos vários membros da equipa de acordo com a nossa gestão de esforço, sem tocar no chão.
Sabíamos que quando mais rápido corrêssemos, menos tempo teríamos que carregar a bola. Mas também sabíamos que tínhamos que acompanhar o ritmo da jogadora mais lenta.
Quando era a minha vez de carregar a bola, tudo doía. Ancas, braços, costas, pernas.... Tudo latejava e eu só queria passar a bola para outra, mas as outras também já estavam cansadas.
Cada volta eram entre 10 ou 11 minutos... ainda que as jogadoras sem bola quisessem acelerar para despachar, não podiam.. tínhamos que estar todas juntas.
O desafio era ver qual a equipa que chegava primeiro.. Não a jogadora! A EQUIPA!
Nas equipas a nossa força acaba no início da fraqueza da colega, e é importante entender que deixá-la para trás não é a solução, é ajudá-la a evoluir.
Todos temos objetivos individuais, mas eles são anulados quando não atingimos os objetivos da equipa.
Naquele dia, ainda que eu tivesse chegado primeiro que todas, não estaria a cumprir o objetivo da equipa, mas ao mesmo tempo, se eu não desse o meu máximo, também falharia o objetivo coletivo.
A maior parte das vezes não é a velocidade que conta, nem é ir mais rápido ou mais devagar, mas sim caminha todas em conjunto!
Começo a acreditar que a equipa não é um conjunto de pessoas.
A equipa é uma coisa só.