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|| DreamAchieve || Sports & Performance

Psicologia do Desporto e Performance || Coaching Desportivo e Empresarial || Formação

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16 Jan, 2017

RODINHAS

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No primeiro ano que fui para a Madeira, tive muitas dificuldades em adaptar-me. Esse tinha sido o Verão que mais tempo de férias tive (3 semanas), e estava super em baixo de forma.

 

Lembro-me que na primeira semana não conseguia fazer mais de 5 campos seguidos sem começar a faltar-me o ar. Fazíamos um exercício de 3 contra 0, 9 campos de lançamento na passada, sem falhar. Eu ficava para trás nos últimos 3 campos...

 

Além disso, os treinos começaram segunda, e quarta de manhã eu não conseguia andar bem, de tantas dores musculares que tinha... Nunca mais fiquei tanto tempo sem treinar como naquela época.. aprendi a lição.

 

Os meus treinadores falaram comigo em particular, sobre o meu estado físico, que era inadmissível. Mas não foi só isso que eles fizeram... O que normalmente acontece é que te chamam à atenção de algo, e mandam desenrascar-te.

 

Primeiro marcaram uma consulta com a médica, para traçar objetivos de perda de peso, e construir um plano alimentar. Depois fizeram-me um treino extra de cardio, 3 vezes por semana, para ajudar na perda de peso e também aumentar a minha resistência.

 

Custou-me imenso. Sempre me custou fazer qualquer tipo de corrida sem bola, durante tanto tempo, e ainda por cima sozinha. As minhas colegas gozavam comigo, chamavam-me "Rodinhas", por andar a correr à volta do campo.

 

Não sabia no que pensar, ficava frustrada, e a cada volta olhava para o relógio. Horrível... Até que deixou de ser!

 

Decidi pensar de outra forma, e dar outro significado à situação. Comecei a pensar que era mais especial por ter tido essa atenção. Em vez de pensar que era pior que as outras, comecei a pensar que ia ser melhor.

 

O tempo desse treino ia aumentando de acordo com a evolução, até que já não foi preciso.

 

Com o tempo começou-se a notar a evolução, comecei a jogar mais tempo, era a sexta ou a sétima jogadora, e não me cansava dentro de campo. Saltava mais, corria mais, e durante mais tempo....

 

Comecei a poder concentrar-me mais no basket em si, em vez de gerir a minha energia, que tinha de sobra.

 

Quando decidi que não era a que estava em pior forma, mas ia ser das que estava em melhor forma, foi exatamente isso que aconteceu.

 

Quando damos a volta ao significado de certas coisas, essas coisas tornam-se aquilo que quisermos.

 

Consegues imaginar o que podes fazer com isso?