Há coisas que o corpo sabe melhor que a mente, porque há coisas que aprendemos do corpo para a mente. Overthinking - pensar demais - é um grande responsável por muitos atletas não conseguirem chegar ao pico da sua performance. Isto porquê? Porque há coisas que, principalmente a um nível alto do desporto, o corpo já sabe fazer sem a interferência do raciocínio. Por exemplo, quando aprendemos a andar, não precisamos que alguém nos diga o que fazer com os pés, (...)
Tenho falado ultimamente sobre uma competência essencial para se alcançar sucesso, seja no desporto ou noutro contexto - Capacidade de adiar a recompensa. Repara que cada vez que decides treinar, deitar-te cedo, comer de forma saudável, estudar ou fazer um esforço extra no treino, estás a adiar a recompensa imediata de descansar, ver séries até tarde, comer o que te apetece, em prol de uma recompensa futura - como ser melhor atleta, estar preparado fisicamente, estar preparado (...)
No Crossfit para encontrar a nossa força máxima num determinado exercício de força, uma das formas de a encontrar é "Ir até à falha". Ou seja, ir aumentando de peso, até que chegamos a um determinado patamar que falhamos o exercício por já não conseguirmos levantar aquela quantidade. Só assim se sabe que realmente estamos na força "máxima". No outro dia, enquanto treinava, estava a pensar nisso. Estava a tentar encontrar a minha força máxima para 3 repetições em (...)
Há uns dias atrás meti-me a lançar ao cesto. Deixei de jogar há 8 anos e há quase 2 que não pegava numa bola. Isto quer dizer que há mais de 8 anos que não treino intencionalmente este movimento, e das últimas vezes que lancei - há quase dois anos - foi sem preocupação de melhorar ou sem intenção de marcar. O interessante é que, sem pensar no movimento e sem sentido competitivo (ok, talvez algum) o meu movimento saiu igualzinho ao lançamento dos meus tempos de (...)
Estava numa sessão com um atleta que já tinha um sucesso reconhecido, tinha capacidade de se focar bastante no seu trabalho diariamente, e estava sempre pronto para trabalhar. Mas disse uma frase que me fez pensar: "Cheguei a um ponto que, se eu estiver bem, já é uma vitória. Não vou estar a preocupar-me com tudo e com todos. Não quero problemas." Entendo e respeito a sua posição, mas imediatamente surgiu um esquema na minha cabeça sobre a diferença que há entre (...)
Tenho insistido muito sobre a importância do foco no processo. Mas quando falo em foco no processo, não excluo a importância que ganhar tem para um atleta. Sempre gostei e continuo a gostar de ganhar. Mas enquanto fui atleta, e mesmo hoje, percebi que tinha muito mais rendimento quando me deixava levar pelos pequenos passos milimétricos que levam ao sucesso final. Quando a minha mente se focava em ganhar eu ficava nervosa e perdia o controlo da situação, porque os meus (...)
A Ação de Formação decorrerá ao longo dos dias 15, 16 e 17 de Março, na cidade do Porto, na Junta de Freguesia de Valongo. Dia 15 iniciará às 14:00, e dia 17 terminará às 19:30. As inscrições são até dia 12 de Março. (...)
Vivemos num momento de edição. Corta-se, junta-se, e no final só fica o que foi bom para se mostrar na televisão. Os atletas vêm os Highlights da semana, os top 5 do jogo, os top 10 da semana, o resumo do jogo, os golos e momentos, e mesmo sabendo que não foi só aquilo que se passou, parece que se formatam para pensar que é só aquilo que deve acontecer. Falava esta semana com um agente desportivo que me dizia: "Precisamos muito da sua ajuda, os atletas hoje não sabem reagir ao (...)
Não gosto muito de imprevistos. Preparar-me para uma coisa e acontecer outra, é algo que me afeta, mas ao longo do tempo tenho criado estratégias para me adaptar rapidamente. Aprendo refletindo sobre o assunto, mas principalmente quando sou posta à prova num imprevisto que surja. A maior prova foi a minha viagem aos Estados Unidos. Não devo ter sido a primeiro pessoa a passar por algo semelhante, mas até à data não conheço ninguém que tenha passado por algo assim. Es (...)
Estava a dar uma formação há pouco tempo, e fiz uma pergunta aos participantes: “Quem aqui quando vai para o ginásio, vai quase a arrastar-se, mas passado uns minutos de exercício a vontade começa a crescer, e no fim até vos soube bem ir?” Estava esperançosa com as respostas. Queria falar sobre a importância da fisiologia, e da importância de não darmos ouvidos à força de vontade, que nem sempre vem, mas sim aos nossos objetivos. Resposta 1: “Eu não vou (...)