Os acontecimentos de última hora relativamente a Simone Biles, e os recentes acontecimentos relativamente a Naomi Osaka, entraram no espectro de uma onde de conscientização geral sobre a Saúde Mental no Desporto. Acredito que esta onda já exista há muito tempo, mas só para os mais atentos. Para outros, que por alguma razão - por não serem do meio desportivo, ou das áreas comportamentais - não se tinham apercebido da pressão que existe no meio desportivo de alto (...)
Naomi Osaka, jogadora de ténis de 23 anos, número dois mundial. A jogadora que tem vindo a crescer de forma explosiva principalmente desde 2018, refere que sofre de ansiedade social na sequência dos últimos acontecimentos. Neste último torneio Roland Garros, decidiu que não iria estar presente nas conferências de imprensa, alegando que as perguntas dos jornalistas por vezes a faziam duvidar dela mesma. Além disso, também relatou que as conferências a faziam sentir uma grande (...)
Há coisas que o corpo sabe melhor que a mente, porque há coisas que aprendemos do corpo para a mente. Overthinking - pensar demais - é um grande responsável por muitos atletas não conseguirem chegar ao pico da sua performance. Isto porquê? Porque há coisas que, principalmente a um nível alto do desporto, o corpo já sabe fazer sem a interferência do raciocínio. Por exemplo, quando aprendemos a andar, não precisamos que alguém nos diga o que fazer com os pés, (...)
Quero deixar um legado Quero ser um dos melhores do mundo Quero jogar numa das melhores ligas Quero chegar à Seleção A Quero, quero, quero... Coisas que se ouve da boca de um jovem atleta. A quantidade e a dimensão das coisas que quer. Mas pouco se ouve a quantidade e a dimensão das coisas que está disposto a dar. Todos estamos motivados para alcançar. Poucos estamos para sacrificar. Mas é esta última que faz a diferença. Tenho realizado algumas entrevistas a atletas (...)
No Crossfit para encontrar a nossa força máxima num determinado exercício de força, uma das formas de a encontrar é "Ir até à falha". Ou seja, ir aumentando de peso, até que chegamos a um determinado patamar que falhamos o exercício por já não conseguirmos levantar aquela quantidade. Só assim se sabe que realmente estamos na força "máxima". No outro dia, enquanto treinava, estava a pensar nisso. Estava a tentar encontrar a minha força máxima para 3 repetições em (...)
Há uns dias atrás meti-me a lançar ao cesto. Deixei de jogar há 8 anos e há quase 2 que não pegava numa bola. Isto quer dizer que há mais de 8 anos que não treino intencionalmente este movimento, e das últimas vezes que lancei - há quase dois anos - foi sem preocupação de melhorar ou sem intenção de marcar. O interessante é que, sem pensar no movimento e sem sentido competitivo (ok, talvez algum) o meu movimento saiu igualzinho ao lançamento dos meus tempos de (...)
Tenho ouvido muito essa afirmação, de que o medo não existe. E visto que existe e não irá deixar de existir, por ser uma emoção básica humana, e inclusivamente necessária para a sobrevivência, faz com que as pessoas que acreditam que o medo não existe, sentirem-se umas fracas quando o sentem. O medo, além de necessário em muitas ocasiões, é inclusivamente informativo. Muitas vezes o que o medo nos está a dizer é que não estamos preparados para algo. Muitas vezes o (...)
Já imaginou ter a mentalidade de um atleta em tudo o que faz? Depois de algumas edições do Curso "Treino Mental e Alta Performance", aprimorámos este curso para poder alargá-lo a um público mais amplo. Conseguimos perceber que os desafios que um atleta tem, não são muito diferentes dos desafios diários de qualquer outra pessoa, sendo assim, as ferramentas que os atletas usam, podem ter uma extrema utilidade no quotidiano de qualquer um. Imagine ter a mesma mentalidade de um (...)
Estava numa sessão com um atleta que já tinha um sucesso reconhecido, tinha capacidade de se focar bastante no seu trabalho diariamente, e estava sempre pronto para trabalhar. Mas disse uma frase que me fez pensar: "Cheguei a um ponto que, se eu estiver bem, já é uma vitória. Não vou estar a preocupar-me com tudo e com todos. Não quero problemas." Entendo e respeito a sua posição, mas imediatamente surgiu um esquema na minha cabeça sobre a diferença que há entre (...)
A meio de uma sessão com um atleta perguntei que objetivos é que ele tinha. Ele disse, até com um certo orgulho: "Não sou muito de ter objetivos individuais, o que importa é a equipa!" Até entendo o que ele quis dizer, mas ao mesmo tempo que entendi a entrega dele à sua equipa, o meu cérebro entrou em curto-circuito. Eu - Como assim não tens objetivos individuais?Ele - Não tenho, nunca me preocupei com isso... Eu - Mas sabes que os objetivos coletivos são um conjunto de (...)